Freguesia de Monserrate
"Depois de quase 3 meses em gestação, no dia 29 de Julho à 01h01 da manhã nasce a Exposição da Freguesia de Monserrate.
Foi um tempo de muita pesquisa e de muitas descobertas, pois mesmo vivendo nesta freguesia há 2 anos, sinto que consegui aprofundar meus laços e integrar‐me mais com as pessoas da comunidade desde que comecei a fotografá‐las. A ideia inicial, baseada na proposta de edital da Câmara de Viana do Castelo, era registrar o período de isolamento social e como isso afetou a vida dos moradores. Uma vez iniciada a jornada de buscar estes rostos a serem fotografados, comecei a perceber melhor as nuances de minha freguesia: estive atenta aos sons que ouvia de minha janela, à rotina das pessoas que tentavam manter o mínimo de normalidade em meio ao caos de uma pandemia, aos trabalhos tão únicos que são realizados na zona portuária, alguns já quase caindo em esquecimento. Foi assim que, lentamente, o projeto começou a ganhar mais corpo e mais vida, muito devido ao grande envolvimento e abertura que senti por parte da comunidade e dos fotografados, como se a fotografia fosse a linguagem, a ponte, ou o caminho que encontrei para comunicar‐me com pessoas que via diariamente e, ao mesmo tempo, realizar algo que fosse para elas, daí a vontade de expor as imagens nas ruas e, mais precisamente, na região em que estas pessoas trabalham e/ou vivem. Algo que as fizesse enxergar a beleza que existe nesta mistura de etnias, nas rotinas supostamente banais e em si próprias.
Neste momento convidei minha amiga, Carolina Gaessler, que como ilustradora veio acrescentar o imaginário, o encanto e os sonhos que ficaram incubados durante a quarentena. Foi a maneira que encontrei de revelar a parte que ficou guardada ou invisível neste período tão longo de isolamento. A maneira de ressaltar e de brincar com a felicidade e com a beleza em um momento em que o medo e a solidão poderiam estar predominantes."
Foi um tempo de muita pesquisa e de muitas descobertas, pois mesmo vivendo nesta freguesia há 2 anos, sinto que consegui aprofundar meus laços e integrar‐me mais com as pessoas da comunidade desde que comecei a fotografá‐las. A ideia inicial, baseada na proposta de edital da Câmara de Viana do Castelo, era registrar o período de isolamento social e como isso afetou a vida dos moradores. Uma vez iniciada a jornada de buscar estes rostos a serem fotografados, comecei a perceber melhor as nuances de minha freguesia: estive atenta aos sons que ouvia de minha janela, à rotina das pessoas que tentavam manter o mínimo de normalidade em meio ao caos de uma pandemia, aos trabalhos tão únicos que são realizados na zona portuária, alguns já quase caindo em esquecimento. Foi assim que, lentamente, o projeto começou a ganhar mais corpo e mais vida, muito devido ao grande envolvimento e abertura que senti por parte da comunidade e dos fotografados, como se a fotografia fosse a linguagem, a ponte, ou o caminho que encontrei para comunicar‐me com pessoas que via diariamente e, ao mesmo tempo, realizar algo que fosse para elas, daí a vontade de expor as imagens nas ruas e, mais precisamente, na região em que estas pessoas trabalham e/ou vivem. Algo que as fizesse enxergar a beleza que existe nesta mistura de etnias, nas rotinas supostamente banais e em si próprias.
Neste momento convidei minha amiga, Carolina Gaessler, que como ilustradora veio acrescentar o imaginário, o encanto e os sonhos que ficaram incubados durante a quarentena. Foi a maneira que encontrei de revelar a parte que ficou guardada ou invisível neste período tão longo de isolamento. A maneira de ressaltar e de brincar com a felicidade e com a beleza em um momento em que o medo e a solidão poderiam estar predominantes."
Beatriz Ramires]
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