Poema de Waldyr Rebollo
Queria ser de outro modo,
não o que contempla o mato, que sente o cheiro e a beleza dos lírios,
o voo da águia.
Queria ser de outro modo.
Não o que contempla, mas a própria obra.
Ser cascata, que num mergulho eterno arranca das pedras o som estrondoso e faz pairar a brisa sobre os agapantos.
Não o espreitador.
Ser a obra de admiração.
Queria ser de outro modo.
A própria tela.
não o que contempla o mato, que sente o cheiro e a beleza dos lírios,
o voo da águia.
Queria ser de outro modo.
Não o que contempla, mas a própria obra.
Ser cascata, que num mergulho eterno arranca das pedras o som estrondoso e faz pairar a brisa sobre os agapantos.
Não o espreitador.
Ser a obra de admiração.
Queria ser de outro modo.
A própria tela.
Poema: Waldyr Rebollo
Ilustração:Duda Modler
Ilustração:Duda Modler