Ipatinga, Minas Gerais não é uma cidade comum do ponto de vista daqueles que a visitam. Não são muitas as cidades construídas ao redor de uma usina siderúrgica, visível de quase todos os pontos da cidade. No bairros mais próximos, observamos que a usina compõe a vista do horizonte. Já nos bairros mais afastados, mesmo a poucos quilômetros da indústria, podemos observar o quão fácil é se esquecer que tão perto, se encontra uma fábrica de aço tão grande.
Rodrigo Zeferino, em sua exposição "O Grande Vizinho" no Centro Cultural Usiminas em 2018/2019 teve como convidados, Alexandre Sequeira e Nilmar Lage, que ministraram duas oficinas de fotografia: "Toda casa tem um pouco de museu" e "Viu? Observe a Cidade", respectivamente.
As imagens a seguir, são fruto da experiência que vivi sendo guiado por estas três pessoas e também por outros colegas que tive o prazer em conhecer.
"As nuvens são feitas de suor. "
Uma frase dita pelo Gustavo Lyra no decorrer da primeira oficina que define o processo de produção do aço,
onde uma nuvem de vapor é produzida durante o processo de resfriamento dos vagões de coque da Usina.
O bairro Castelo, vizinho à usina, abriga uma das relíquias da cidade. As ruínas da estação de Pedra Mole. O primeiro terminal ferroviário da cidade. Abandonada após a mudança do traçado da Estada de Ferro Vitória Minas.
Apesar de nascido e criado em Ipatinga, creio que esta foi minha primeira visita ao Ipaneminha.
Um dos bairros mais afastados da cidade onde além de se esquecer temporariamente da usina, foi possível conhecer pessoas como Dona Maria, Seu Petico e seu filho. E além disso, perceber as dificuldades de se habitar na zona rural.
Os meus agradecimentos ao Rodrigo Zeferino, ao Alexandre Sequeira e ao Nilmar Lage por tornarem estes momentos de aprendizado possíveis.
