Pebolim Olé! (2017)

Projeto de Felipe Madeira
Estúdio Felipe Madeira 




Desde pequeno o totó (modo carioca de se referir ao futebol de mesa) sempre foi um dos meus jogos favoritos e continua sendo até hoje. Existiram pelo menos três desses que povoaram a minha vida: o do meu prédio; em seguida o da minha escola; e por último o da faculdade. Este último foi o que mais me tocou. Por já ter um pensamento crítico sobre os objetos e seus usos, pude perceber quão democrático ele é, não fazendo distinção de idade, sexo ou classe, permitindo ser jogado coletivamente e o principal: incentivando o contato pessoal.

Diferente da sinuca ou tênis de mesa, jogos que demandam concentração e silêncio, o pebolim permite torcida, incentiva a competição, traz para um panorama micro a vivência de um estádio. Esses motivos me fazem acreditar que se existe um jogo de mesa capaz de traduzir melhor a alma do brasileiro é o pebolim (futebol de mesa, totó, pacal), pois, além de juntar todas as características citadas anteriormente, ainda torna os jogadores possuidores de um time de futebol, a grande paixão nacional.



Assim nasce a motivação para o pebolim Olé, nomeado com termo universal do mundo do futebol exclamado pela torcida após a realização de um drible desconcertante, provocando o time adversário e seus torcedores.

O esporte também foi utilizado para inspirar o projeto: o saudosismo relatado pelos mais velhos ao falar do tempo do “futebol arte” foi a mote que inspirou o seu desenho – que tem um pé no passado – dialogando com as formas e materiais do design moderno brasileiro e a limpeza e simplicidade dos traços do design minimalista.
Olé!
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Olé!

Sempre me questionei sobre os “por quês” da indústria de jogos de mesa não investirem em um redesenho de jogos clássicos como o pebolim, salvo al Read More

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