O Diário de Memórias Gastronômicas e Gustativas é um artefato que busca ser o portal das memórias gastronômicas de uma pessoa. As páginas do caderno devem ser consideradas um memorial gastronômico e gustativo pessoal, sendo um memorial multissensorial, com espaços para armazenamento das memórias de textos, músicas, filmes, vídeos, conversas.
O Diário foi desenvolvido como trabalho final da disciplina Memórias Gustativas e Gastronômicas, que tinha como objetivo instigar a valorização de memórias de comida como fontes de afeto e história. A construção do caderno começa instigando a decompor cada sentido: o que se viu? Já viu isso antes? Combina com que som? Lembra cheiro de casa de vó? Sentiu um bom aroma? Um guia para inspirar a ter uma rotina de sensações no ato de se alimentar.
Há uma área para registrar músicas, vídeos e filmes que ajudam na construção da memória afetiva, sendo referências e inspiração. O caderno também se constrói com dicas de cozinha, instiga a conhecer novos lugares, sabores e vivenciar o mundo gastronômico de um modo diferente, ao mesmo tempo que resgata as experiências pessoais. Por fim, há uma área de anotações diversas, inclusive de receitas, incentivando com que se tenha a preocupação em estar sempre atualizado.
"Falar de comida é quase sempre falar de saudade;
é sentir nostálgico afago de uma lembrança,
próxima ou distante, ida, mas vivida.
Comida também cabe no futuro como esperança de um momento bom;
comida tem sabor de tempo.
José Carlos Garcia
" A comida e os ingredientes necessários para seu preparo, constituem uma linguagem, são organizados e "falam", como será visto depois (...)."
Ellen Woortmann, A comida como linguagem, 2013.