O ser humano, desde o início de sua existência, antes mesmo da escrita, da necessidade de registrar os acontecimentos, sente uma necessidade de se diferenciar, tanto dos outros animais, quanto da sua própria espécie, e uma das formas encontradas foi a de utilizar adornos, fossem eles pin- turas corporais, cicatrizes, tatuagens e objetos pendurados e amarrados no corpo (KLEIN, 2004; CORBETTA, 2007).

A joia, é mais que um adorno, é uma forma de se expressar, expor um pouco da sua personalidade, da suas crenças e filosofias de vida. É possí- vel perceber quando a pessoa se importa com a marca e com a moda, ou com o meio ambiente, ou qual a sua religião, através da joia que ela está utilizando, ou mesmo qual a impressão que ela quer passar, por mais que não represente a sua realidade.

A joalheria hoje apresenta uma grande variedade de materiais com os quais é possível trabalhar, além das pedras preciosas e dos metais nobres, como madeira, capim, acrílico, papel, plástico, tecido, couro, entre muitos outros, permitindo inclusive a mistura desses materiais alternativos com os materiais nobres.

Sendo assim, esse projeto tem como objetivo, com base nos estudos teóricos sobre a biojoia, a cultura dos samurais e a cultura do bambu no Japão, e práticos através de testes com os materiais, desenvolver, através de técnicas de joalheria artesanal, uma coleção de biojoias inspiradas nos samurais, utilizando o bambu e a prata como matéria prima principal.