Deixo aqui o cartaz e convite para a minha próxima exposição a solo, "Cheiro suspeito a cemitério", que vai ter inauguração no dia 16 de Junho e estará patente até dia 14 de Julho no Centro Cultural do Cartaxo. Esta exposição unir-se-á a mais uma Cartaxo Session, desta vez com as bandas Process of Guilt e Qwentin. 


"Cheiro suspeito a cemitério" é uma exposição de pintura, desenho e ilustração, fruto dos últimos anos de trabalho da artista. O seu trabalho foca-se na criação de seres híbridos, fauna ou flora, mediado pela sua imaginação e sonhos, com muita influência no folclore de diferentes culturas, desenhos e gravuras antigas e também no trabalho de artistas nacionais e internacionais atuais. O ocultismo, a alquimia e a inevitável morte são temáticas ou formas de comunicar que costumam estar presentes na sua concepção imagética. 
Este conjunto de imagens centra-se principalmente na apropriação de objetos e ações do quotidiano para produzir narrativas fabulosas, simbólicas e mágicas. Os momentos ilustrados costumam ser representados de forma ampliada e com bastante pormenor, dando destaque a acontecimentos, objectos e seres que costumam ser menosprezados e/ou que passam despercebidos.
A criação de atmosferas tão tenebrosas quanto psicadélicas é também um dos objetivos principais do seu trabalho, tendo ligação direta com o espectro musical da autora. Algumas destas imagens tornaram-se capas de álbuns ou posters para eventos musicais, outros continuam disponíveis para esses fins. 
Espera-se que a exposição "Cheiro suspeito a cemitério" seja uma viagem visualmente estimulante e que faça mergulhar num imaginário obscuro, misterioso, sereno e introspectivo quem a visita.

"É a viscosidade, a vida obscura, inconsciente e verde, que, com a força e a tenacidade da inércia, acabam por nos afogar num poço sempre mais fundo; cada vez mais fundo, cada vez mais escorregadio e mais fundo…”.BRANDÃO, Raul. (1923). in "Os Pescadores".

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