Para não esquecer (2022) é um filme idealizado e dirigido pela mente criativa de Gabriel Leal. De maneira intimista, quase como uma conversa de bar, o longa conta as memórias de Odesson e sua relação com o acidente do césio 137, ocorrido em 1987 na cidade de Goiana-GO.
Apesar da premícia de revirar algo doloroso, do clima visivelmente nublado e dos tons frios. A fotografia do filme possui leveza e suavidade, transbordando também aconchego e refúgio. Diante disso, o material gráfico deveria respeitar essas medidas.
Para fortificar a imagem do personagem central, a figura de Odesson era indispensável para o cartaz principal. O seu posicionamento — de costa e olhando a paisagem, acaba refletindo mais do que palavras podem dizer. Falando nela, as terras goianas entram não apenas como um plano de fundo, mas quase como um personagem vivo e pulsante. Este solo que foi palco do episódio, também traz lembranças do que foi aqueles dias.
A proposta de um filme memória acaba influenciando o acabamento das artes. Com um aspecto fosco como uma foto gasta pelo tempo, os cartazes colocam a vista de quem não assistiu o filme essa ideia de registro. A tipografia estilizada e com aspecto rudimentar, colabora na concepção dessa identidade. Em vermelho, quase como um letreiro, ela se destaca do restante da composição, pulsando e chamando a atenção para si — reforçando aquilo que o a obra leva com objetivo principal.
É nesse ponto que surge os cartazes especiais. O objetivo é ser direto e comprimir tudo em um único ponto, tal qual um cartaz de protesto. Chamar atenção. Dando espaço para o nome da obra, a imagem do personagem sai de cena. Cores chapadas e duras compõem o plano de fundo evocando um silêncio que colabora para que as palavras do título ecoem com uma força impetuosa. Quase como um pedido para quem lê, jamais esquecer o que foi o césio 137 para o povo goiano.
É nesse ponto que surge os cartazes especiais. O objetivo é ser direto e comprimir tudo em um único ponto, tal qual um cartaz de protesto. Chamar atenção. Dando espaço para o nome da obra, a imagem do personagem sai de cena. Cores chapadas e duras compõem o plano de fundo evocando um silêncio que colabora para que as palavras do título ecoem com uma força impetuosa. Quase como um pedido para quem lê, jamais esquecer o que foi o césio 137 para o povo goiano.
[ sinopse ]
Muitas memórias foram perdidas por aqueles que vivem duas vidas, uma antes e uma após o acidente com o césio 137 em Goiânia, Goiás, Brasil. Odesson, não pôde guardar nada anterior à 1987, além de suas lembranças. Pensando em preservar a história de sua família, ele conta sobre sua vida e a dos seus. Conta, também, como foram aqueles dias pela sua perspectiva.
