Calcio A: o futebol italiano da década de 1980-90
Doutor Sócrates 1985

Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, o Magrão. Uma das maiores personalidades do futebol brasileiro da época de 80-90, eterno corintiano e eterno ídolo corintiano. Voz potente e politizada, jogador técnico e encantador, lutou pela Democracia Corintiana e Diretas Já. Cumpriu sua palavra frente à promessa de deixar o país caso os protesto contra ditatura não trouxessem resultado, o que o leva à Viola em 1984.

Pelo time florentino teve passagem modesta com duas temporadas sem títulos. Fez 33 jogos e marcou 9 gols, mas trouxe a idolatria da torcida fiorentina que o vira fazer mágica em campo pela Copa do Mundo de 1982, na qual os próprios italianas eliminaram o Brasil.
Paolo Maldini 1986

Paolo Cesare Maldini "il capitano", o maior ídolo da história do Milan. Filho de Cesare e pai de Daniel, o sobrenome está presente no clube pela terceira geração. Entretanto, apenas Paolo conquistou e elevou tanto o patamar dos rossonero ao nível que conheçemos hoje.

Em 25 anos de clube, foram 902 jogos disputados, 33 gols marcados, 26 títulos conquistados e a camisa N° 3 aposentada pelo clube.
Maradona 1989

Diego Armando Maradona Franco, "El Diós". Considerado um dos maiores jogadores de todos os tempos e considerado como deus pelos argentinos. Diego chega à cidade de Nápoles em 1984 vindo do Barcelona por valor recorde para a época, 12 milhões de euros. A chegada do argentino ao clube, punha no torcedor a esperança de mudança de patamar do clube, começava naquele ano, uma das maiores páginas da carreira de Maradona.

Pelo Napoli, "Dieguito" fez 257 partidas, marcou 115 gols, venceu dois Campeonatos Italiano, 1986 e 1989, a Taça da Itália de 1986, a Copa da UEFA 1988 e a Supertaça da Itália 1990. Além da alcunha de eterno ídolo da história napolitana, o clube, em homenagem póstuma, aposentou a camisa 10 usada pelo craque e rebatizou o estádio com o nome de Estádio Diego Armando Maradona.
Walter Casagrande 1991

Walter Casagrande Júnior, o "Casão", ídolo corintiano, importante personagem do movimento Democracia Corintiana, marcado por sua identidade com o time paulista e sua passagem na itália, por Ascoli e Torino. Chega ao Toro após grandes temporadas pelo Ascoli, time de menor expressão, mas que o destacou como um notável atacante da Serie A.

Casagrande, pelo time de Turim, fez 69 jogos, marcou 19 gols, venceu a Copa da Itália 1992, a Mitropa Cup 1991, foi vice-campeão da Copa da UEFA 1991 e escreveu seu nome na história de "Il toro".
Roberto Baggio 1994

Roberto Baggio, foi um dos maiores atacantes da história da Itália. Teve carreira de destaque por diversos times tradicionais da Itália. E pela Copa do Mundo de 1994, marcou a memória dos brasileiros de uma forma muito grata e inesquecível, decidindo, com seu erro nas penalidades, o tetra para o Brasil. Chegou à Juventus em 1990 vindo da Fiorentina por valor recorde para a época, 8 milhões de euros, com grande expectativa de ser o principal jogador do elenco e esperança de títulos.

Pela juve, fez 220 jogos, marcou 115 gols, venceu a Copa da UEFA 1992, o Campeonato Italiano 1994, a Taça da Itália 1994, o prêmio de Melhor Jogador do Mundo e a Ballon D'or do ano de 1993.
Ronaldo "Fenômeno" 1997

Ronaldo Luís Nazário de Lima, o Fenômeno. O maior atacante de uma geração, um jogador místico até hoje falado, explosivo, idolatrado por onde passou. Ronaldo foi contratado pela Inter em 1997 depois de uma brilhante temporada no Barcelona. No lado azul da Milão, viveu o terror de romper os ligamentos do joelho, fato que foi veiculado como possível fim de uma carreira brilhante. O desfecho da história é uma das maiores epopeias do futebol mundial: recuperação da lesão, retorno ao alto nível e protagonista no título da Copa do Mundo em 2002, o penta.

Pela Inter, Ronaldo fez 99 jogos, marcou 59 gols e venceu a Copa da UEFA de 1997, seu único título pelos nerazzurri. Apesar da única conquista, 1997 foi um dos anos dourados de sua carreia. Foi eleito o Melhor Jogador do Mundo de 1997 e venceu a Ballon D'or 1997 em sua temporada de estreia em Milão. Formalmente colocado no Hall da Fama do clube em 2018 e o time que o ajudou a receber a alcunha de "Fenômeno". Ronaldo reverencia a Inter, e a Inter reverencia a Ronaldo.
Gianluigi Buffon 1998

Gianluigi "Buffon" Masocco, um dos últimos ícones do futebol italiano de toda uma geração que levaram ao título mundial da Itália em 2006 ainda em atividade no futebol. Gigi, chega às categorias de base do Parma em 1991 com apenas 13 anos e faz sua estreia no profissional em 1995 com 18 anos. Em março de 1998, já se consolidando como um grande goleiro de um time místico da década de 90 na Serie A Tim, em um jogo contra a Inter de Milão do até então eleito melhor jogador do mundo, Ronaldo Fenômeno, Buffon não só fecha o gol como também defende um pênalti de Ronaldo, ajudando o Parma a vencer o jogo. Ao fim da partida, quando revela a camisa do Super-Homem que Gigi vestia por baixo do uniforme, a torcida vai à loucura e apelida o mesmo como "superman". Nascia uma lenda, não somente para o clube, mas para o futebol azzurro.

Pelo Parma (1995-2001) fez 220 partidas, venceu a Copa da UEFA de 1998, a Taça da Itália de 1998 e a Supertaça da Itália de 1999. Gigi retorna ao clube que o revelou ao mundo depois de exatos 20 anos para muito provavelmente encerrar sua vitoriosa carreira. Aos 43 anos, Buffon tem se alternado entre titular e reserva nos últimos jogos na Série B da Campeonato Italiano.

Francesco Totti 1999

Francesco Totti, o maior romanista da história do clube. O jogador com mais partidas disputadas, mais gols marcados e mais fiel ao clube. Uma relação que, como jogador profissional durou 25 anos e que como jogador dura até hoje. Francesco chega à base da Roma em 1989 com apenas 13 anos e faz sua estreia pelo profissional em 1992. Totti aqueceu o coração dos giallorossi por 3 décadas com muita técnica, classe e identificação.

Pelo time da capital italiana fez 786 jogos, marcou 307 gols e venceu o Campeonato Italiano de 2000, a Taça da Itália de 2006 e 2007 e a Supertaça da Itália de 2001 e 2007. A aposentadoria de Totti em 2017 foi vista como uma das maiores despedidas do futebol italiano. Idólo, ícone de uma época, exemplo de amor a um clube. No dia de sua despedida, no estádio Olímpico, a Roma aposentou momentaneamente a camisa 10 e chorou com a carta de do jogador-torcedor escreveu para agradecer e comemorar a bela carreira pelo seu único clube da vida.
Pavel Nedved 2000

Pavel Nedved, um jogador muito técnico, elegante e um dos, se não o maior, jogador tcheco. Comprado do Sparta Praga em 1996 pela Lazio. Nedved chega para formar um esquadrão imortal que varreria os títulos que disputou entre 1996-2001. Junto à Verón, Inzaghi, Nesta, Mihalojvic e outros grandes nomes, o time do lado azul da capital itiana encantou e marcou época. Neste período, Pavel foi eleito em 1998 e 2000 como Melhor Jogador Tcheco do ano.

Pelo time da capital, o "mago tcheco" fez 208 jogos, marcou 51 gols e venceu a Taça da Itália 1997 e 1999, a Supertaça da Itália 1998 e 2000, a Copa da UEFA de 1998, a Supercopa da UEFA de 1999 e o Campeonato Italiano de 1999.

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