Uso Comercial: LIussá Marcenaria Showroom - Vila Madalena, São Paulo, 2002

Edifício metálico realizado para abrigar móveis de madeira certificada projetados e construídos pela Arquiteta e Design Juliana Llussá. O conceito foi expor os objetos de várias maneiras, tendo como pano de fundo o contraponto dos materiais sustentáveis envolvidos: o aço da estrutura, o vidro, as lajes pré-fabricadas, os painéis industriais de vedação e o piso de concreto polido; com a madeira dos móveis em exposição.

Dentro do grande galpão, dois espaços: um no nível da rua e outro nível acima, suspenso por uma seqüência de tirantes, ambos intermediados por uma escadaria, cujo patamar estende-se até um pequeno pátio aos fundos. Na frente, a vitrine: cubo transparente, suspenso do chão, pendurado e ancorado de uma maneira inusitada.

Esta loja está implantada dentro de um lote padrão da Vila Madalena, rodeada por antigos sobrados, configurando um evento contemporâneo neste que é um dos bairros mais conhecidos e charmosos da metrópole.









Uso Residencial - Casa no Alto de Pinheiros, SP, 2013
 
Uma casa para uma física e um músico, no intervalo entre a pausa e o ritmo da cidade. Todo som tem na sua composição metade de silêncio. Todo silêncio é constituído na sua metade por som. Sem o som não há silêncio. Sem o silêncio não há som. Uma casa metade som, metade silêncio. Uma casa metade silêncio, metade som. Uma casa com mirante, para observarmos o universo, mudo.
Uso Residencial - Casa na Vila Madalena, São Paulo, 2006
 
Essa residência localiza-se numa rua tranquila da Vila Madalena, em São Paulo, e foi projetada a partir de uma construção que já existia. A proprietária comprou o imóvel ao lado do seu, a fim de demoli-lo e incorporar o lote para que pudesse ampliar a sua casa.
 
Fizemos o projeto de junção de um novo corpo de estrutura metálica acoplando-o ao bloco existente. Para integrar melhor os espaços internos e externos do térreo, removemos uma série de pilares localizados na borda da casa voltada para o jardim e os substituímos por uma viga metálica, deixando todo o vão livre.
 
No segundo pavimento temos grandes aberturas voltadas para o jardim e todos os sanitários com jardins internos e iluminação zenital. Finalmente, otimizando a ocupação do lote da melhor maneira possível, aproveitamos toda a cobertura da casa com um deck de madeira, jardins e uma piscina. 
Uso Residencial - Edifício Girassol | Idea!Zarvos - Vila Madalena, SP, 2009
 
  
Uso Residencial - Reforma apto. Ed. Prudência, do Arq. Rino Levi (junto com AndradeMorettin Arquitetos Associados) - Higienópolis, SP, 2002.
 
O apartamento é organizado a partir de um largo corredor que articula dormitórios e estar, voltados para a rua, e serviços, voltados para o interior do lote.
 
O projeto baseou-se na criação de em uma intervenção que fosse capaz de reordenar os espaços e de propor uma nova articulação dos dois setores identificados.
 
A intervenção consiste na inserção de um grande equipamento feito de chapas de aço dobradas e pré-pintadas e de chapas de vidro temperado, instalado no corredor, redefinindo e permitibdo a integração de todos os espaços através de uma transição fluida.
 
Este equipamento tem função infraestrutural, na medida em que é suporte das instalações técnicas – elétrica, dados, iluminação e hidráulica – e de outros usos, como a biblioteca, exposição de objetos de arte, armazenamento de aparelhos e produtos de uso doméstico, etc.
Uso Institucional: Museu da Tolerância - Universidade de São Paulo, SP, 2005.
 
1º PRÊMIO - Concurso Público Nacional para Projetos de Arquitetura para o Museu da Tolerância a ser edificado no campus da Cidade Universitária da Universidade de São Paulo na cidade de São Paulo, IAB-SP/USP. Votação unânime do júri.

Best Public Service Architecture – Brazil, Americas Property Awards 2011.
 
O MUSEU DA TOLERÂNCIA
 
Um Museu que respeite as diferenças, que fomente a discussão e reflexão, espaço de contínuo ensino e aprendizagem. Uma generosa sombra acolhedora para debates ao ar livre, sobre a grama, em contato com a natureza. Um grande vão em balanço, monumento à liberdade e à audácia. Rampas e escadas cruzando o vazio, costurando cicatrizes que dificilmente se fecham. Um espaço onde todos são bem-vindos, onde a diversidade une e novos conceitos são criados.
 
O Museu da Tolerância é constituído por um subsolo cuja cobertura será um teto jardim com a estrutura nervurada de concreto preenchida por terra e grama, reconstituindo assim as características originais do chão de lá. Os únicos eventos que indicam a existência deste subsolo são uma escada e várias clarabóias de vidro dispostas de modo desinibido dentro da malha das vigas de sustentação deste piso. Além de iluminar e ventilar os recintos abaixo, compostos por salas administrativas, seu apoio e infra­-estrutura, à noite estas clarabóias serão focos singelos de luz a iluminar inusitadamente esta grande praça coberta pelo corpo principal do Museu. Completam este embasamento um auditório para 400 pessoas, que poderá ser dividido em dois e uma pequena sala de projeções para 150 pessoas, ambas isoladas do meio ambiente, funcionando como caixas totalmente estanques e impermeáveis aos sons e vibrações vindos tanto de fora como entre elas. Internamente são providas de uma adequada difusão dos sons refletidos em suas superfícies. No nível abaixo estão os reservatórios d’água para uso diário e reserva de incêndio.
 
A partir do térreo, lugar da grande praça coberta, do restaurante e café com seus apoios, recepção, informações e loja, ergue-se então o edifício, com o grande vão em balanço, livre de qualquer apoio, cujo vazio é cortado por rampas de acessibilidade universal, de acordo com a NBR 9050. Sua estrutura é composta por duas grandes treliças periféricas espaçadas entre si 25 metros cujos ante e penúltimos módulos compõem dois planos de apoio laterais, compostos por seis pilares metálicos, três de cada lado, intertravados por perfis e tirantes de aço. O último módulo destas treliças possui na ponta um tirante metálico com função de ancoragem.
 
Entre as treliças, a cada 7,5 m, perfis metálicos transversais constituirão a bandeja de cobertura e de piso do último pavimento, pendurando, juntamente com as treliças, o mezanino de exposições permanente, o piso constituído pela biblioteca, laboratórios, salas para coordenação e demais programas deste nível, bem como o primeiro pavimento, que reservamos para as salas de aula. Mesmo as rampas do vão livre serão penduradas pelos tirantes, dispostos segundo a malha estrutural 7,50 x 6,25m. Em atendimento a IT-08 os perfis serão protegidos por pintura intumescente.
 
Além das bandejas metálicas, os pisos serão constituídos por lajes pré-fabricadas de concreto que, solidarizadas entre si e à estrutura metálica, constituirão uma grande membrana horizontal de travamento, otimizando o uso de materiais.O contraventamento da estrutura também terá a contribuição de uma torre de concreto que é o núcleo de escadas protegidas do edifício. Ele será construído antecipadamente, pois servirá também de apoio para a grua de montagem. Junto deste núcleo, na ponta sudoeste do edifício, estão os elevadores, um montacarga para transporte de objetos de grande porte, salas técnicas, depósitos e os demais serviços e infra-estrutura do Museu. Atrás deste corpo cego estão os shafts por onde passam todas as prumadas de instalações.
 
Todo o conjunto será envolto internamente por vidro temperado e externamente por uma pele de chapa metálica expandida galvanizada a fogo, dando translucidez ao edifício e protegendo as fachadas norte e noroeste da incidência solar. A fachada da Biblioteca na face sudeste será constituída somente por vidro temperado transparente, permitindo a vista da mata do Instituto Butantã.
 
Um edifício exposto, aberto e livre. Coletivo e público. Por isso, monumental.
Um todo que arquitetado e construído representará algo que sonhamos: a possibilidade real de vivermos, experimentarmos e celebrarmos tudo o que temos em comum e o que temos de diferente, também. Uma homenagem à nossa capacidade de tolerarmos uns aos outros neste lugar onde poderemos escolher o que queremos ser.
Infraestrutura: Renovação Urbana - O Novo Elevado - Centro, São Paulo, 2006.

1º PRÊMIO - Prêmio Prestes Maia de Urbanismo 2006: idéias e soluções para o Elevado Costa e Silva, Prefeitura Municipal de São Paulo. Votação unânime do júri.

1º PRÊMIO - Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, na categoria “projetos não executados” com o projeto O Novo Elevado, 2007
 
O NOVO ELEVADO, 3 KM DE OPORTUNIDADES
 
Nossa intervenção chamada O Novo Elevado propõe um olhar diferente sobre o Minhocão, importante infraestrutura da cidade cujo potencial de recuperação e requalificação não tem precedentes.
 
Demoli-lo e esquecê-lo não nos interessa. Repensá-lo e transformá-lo, muito. O olhar pela cidade revela-nos a potencialidade que desperdiçamos dia a dia: muita Sobra que poderia se tornar Obra e assim adquirir uma nova alma.
 
Propomos manter o Elevado, com os carros passando e sobre ela acoplar uma estrutura metálica cuja cobertura é um Parque Suspenso. Além de grandes áreas ajardinadas com vegetação constituída por diversas espécies, o Parque Suspenso terá, ao longo de 3 km, playgrounds, pistas de skate, de cooper e caminhadas, ciclovias, espaço para cinema, apresentações e exposições ao ar livre, bancas de revistas, decks para banho de sol, áreas de descanso e contemplação, postos policiais e de informações turísticas.
 
Voltadas para as praças e largos que existem ao longo do Minhocão, temos as Galerias Laterais: espaços protegidos e com vista para o exterior onde haverá exposições, lojas, cafés e outros programas para o público. A chegada nas Galerias Laterais e no Parque Suspenso se faz pelos Edifícios de Acesso que, além de proporcionar infra-estrutura de apoio, abriga programas habitacionais, educacionais, culturais e de serviços. Eles poderão ser novos - construídos sobre lotes subutilizados ou vazios - ou reaproveitados a partir de prédios existentes, alguns deles desocupados ou em mal estado de conservação. Caso sejam utilizados tais edifícios, estando eles em pleno uso ou não, propomos a requalificação do primeiro e segundo pavimentos, que deverão ser desapropriados e transformados em pisos de uso público e diretamente conectados às Galerias Laterais e ao Parque Suspenso. Caso os Edifícios de Acesso não sejam implantados em um primeiro momento, bastam alguns conjuntos de elevadores e escadas localizados em lugares estrategicamente eleitos para acessarmos as áreas superiores.
 
O envelopamento das pistas do Minhocão com uma estrutura metálica não significa a implementação de um túnel cego. Para que os ruídos gerados pelo tráfego sejam consideravelmente atenuados adotamos fechamentos acústicos com materiais heterogêneos: painéis verdes, vidros de várias cores e texturas, chapas metálicas perfuradas e painéis cegos coloridos, pintados ou grafitados por artistas, dando ao “túnel” um aspecto “poroso”. Nele continuarão a trafegar diariamente os 80 mil veículos que futuramente poderão ser substituídos por transporte público, como ônibus e monotrilhos. Assim, este novo espaço sob o Parque Suspenso terá a possibilidade de abrigar diversos usos e programas ao longo do tempo e transformar-se continuamente.
 
Sob o Minhocão, adotamos novos sistemas de iluminação e forro acústico, potencializando a calçada central como uma galeria de arte urbana ao céu aberto.
Para as calçadas laterais, além de uma nova iluminação, propomos um projeto paisagístico de vegetação e de pisos e a inserção de equipamentos urbanos, como bancos, orelhões, bicicletários, painéis informativos e lixeiras resistentes em quantidade e volume apropriados.
 
Diretamente conectados aos Edifícios de Acesso criamos Galerias Subterrâneas: um novo piso - com área limitada - sob as vias de tráfego em baixo do Minhocão, contendo bares, cafés, livrarias, lojas, áreas de exposições e infra-estrutura de apoio. A iluminação destas galerias também será zenital, já que os trechos da calçada central no meio destes recintos serão demolidos. Desde as Galerias Subterrâneas até o Parque Suspenso, passando pelos Edifícios de Acesso  e pelas Galerias Laterais, o projeto O Novo Elevado assume seu caráter multilayer. Enquanto lagartos rastejam, urubus ignoram lotes. 
 
Ressonante e expandindo-se para além dos seus limites, nosso projeto não deve ser compreendido somente como um parque sobre os automóvei. mas como um equipamento multiuso cuja cobertura é um parque, ou seja, como um conceito de cidade. Nossa estratégia para a implementação do O Novo Elevado baseou-se na criação de um sistema apto para ser progressivamente desenvolvido na forma de uma extraordinária infra-estrutura urbana que promoverá a coexistência entre seus habitantes e a cidade. Uma inédita experiência cotidiana.
 
Portanto, a proposta deve ser entendida não só como um tipo de arquitetura, mas principalmente como estratégia de projeto através da transformação da paisagem por meio da ressignificação da infraestrutura existente e através de uma abordagem interdisciplinar e sistêmica que funde meio ambiente, forma, função, programa/conteúdo, fluxos, infraestrutura, tecnologia/indústria, desempenho, flexibilidade, racionalidade, sustentabilidade e design, com pessoas.
 
É desnecessário construir arbitrariamente. Podemos dispor do que temos, reestruturar o existente, rearticulá-lo e redefini-lo para transformá-lo. No âmbito do planejamento urbano, a intervenção é um a estratégia de design de políticas públicas intersetoriais. Para isso é necessário que órgãos governamentais e sociedade civil rompam suas estruturas disciplinares e setoriais a fim de aplicar estratégias interdisciplinares, conectadas às iniciativas que abrangem saúde pública, educação, habitação, serviço social, segurança, inovação e tecnologia, cultura e lazer, meio ambiente e sustentabilidade, mobilidade e transportes, trabalho emprego e incentivo econômico.
 
A forma da infraestrutura é dada, mas se altera à medida que a sociedade evolui e novos conteúdos são acoplados
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Resolvemos a necessidade daqueles que querem melhorar a qualidade espacial, ambiental e a dinâmica de suas vidas através da transformação de seus Read More

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